Ricardo Linhares falou das parcerias escrevendo novelas ao longo da carreira em entrevista ao programa “Donos da História” exibido pelo canal Viva. O autor garante que, mesmo em fracassos como “Babilônia” (2015) ou “Lua Cheia de Amor” (1990), não entrou em choque com nomes mais consagrados na TV com quem trabalhava.

“O Gilberto Braga é fantástico, uma pessoa generosa, trabalhar com ele é sempre um ensinamento. Respeito ele e sei que ele me respeita. Nunca houve absolutamente choque nenhum de ideia, assim como minha parceria com o Aguinaldo Silva. Muito pelo contrário, sempre houve um somatório. Tenho muito orgulho e felicidade de criar junto e partilhar com Gilberto, Aguinaldo, com pessoas que fizeram o meu trabalho, e que eu fiz o deles, mais rico também”.

Com o primeiro, Ricardo Linhares fez, além de “Babilônia”, “O Dono do Mundo” (1991), “Anos Rebeldes” (1992), “Celebridade” (2003), “Paraíso Tropical” (2007) e “Insensato Coração” (2011) – Gilberto também foi supervisor de “Lua Cheia de Amor”, remake disfarçado de “Dona Xepa” (1977), escrito com Ana Maria Morethson. Já com Aguinaldo escreveu “O Outro” (1987), “Tieta” (1989) – no ar no VIVA -, “Pedra Sobre Pedra” (1992), “Fera Ferida” (1993), “A Indomada” (1997) e “Porto dos Milagres” (2001). Com Walther Negrão, trabalhou em “Fera Radical” (1988) – também em exibição no canal.

“Sempre quis direcionar minha vida para escrever, mas imaginava que seria no teatro, e não, na televisão. A TV aconteceu na minha vida totalmente por acaso. Eu costumava ver novela desde criança e nem imaginava que um dia escreveria novela. Isso não me passava pela cabeça”, afirma Linhares, que também escreveu “Meu Bem Querer” (1998), “Agora É que São Elas” (2003) e o remake de “Saramandaia” (2013).

(Foto: João Miguel Jr/Globo)